Olá caro leitor! O blog do meu amigo Ricardo é uma benção! E hoje ele é o nosso Escritor Convidado aqui.
Tenho certeza que voce será inspirado e abençoado por esta postagem... pegue sua xícara e venha tomá-la com uma dose de fé!
OUTRA VIDA
(por Pb. Ricardo - Blog Sigo o Caminho)
Recentemente ouvi um pregador renomado recitar, no meio de seu sermão, um poema que me chamou muito a atenção; infelizmente não me lembro o nome desse poema, muito menos do autor, só que o mesmo me pôs a refletir. Interessei-me tanto que decidi escrever a minha versão do, já referido, poema e não creio tratar-se de plágio, pois a início expliquei que não é minha a autoria, apenas tomei-o como base para fazer uma paráfrase (lei 9.610/98 Art. 47). Pois bem, a minha versão ficou da seguinte forma:
Imaginei que estava em uma praça,
a Praça dos Frustados,
sentado no Banco das Lamentações,
que fica debaixo da Árvore do Choro,
a lamuriar-me da vida:
'Queria ter vivido a minha vida
de outra forma' - disse a mim mesmo.
‘Eu não deveria ter me convertido,
aceitado a responsabilidade de ser presbítero.
Deveria ter continuado daquele meu jeito,
sem preocupar-me com fé ou salvação.
Com certeza eu seria bem mais feliz.’
‘Você está enganado’ - alguém disse.
Virei-me para olhar quem era
e eis que estava sentado ao meu lado no banco
um ser identico a mim.
Na verdade, acho que era eu;
como um clone,
mas não ousei perguntar nada.
E ele continuou a sua fala:
‘Por você não estar na igreja,
e não ter nenhum temor ou pudor,
traiu a tua esposa com uma colega da faculdade.
O teu casamento acabou e você ficou só.’
‘Eu não deveria ter ingressado na faculdade,
assim não destruiria o meu casamento’ – disse a si mesmo.
‘Grande equivoco’ – disse outro.
Ao levantarmos os olhos,
eis um ser diante de nós que, como o primeiro,
também era identico a mim;
um clone meu, um outro ‘eu’.
Esse, prosseguindo sua fala,
disse ao que estava sentado ao meu lado:
‘Pelo fato de você não ter formação superior,
não conseguiu proguedir profissionalmente;
não parou em emprego nenhum.
E tua esposa, junto com teus dois filhos,
foi embora de casa.
Afinal, ela não aguentava mais morar com um acomodado.'
'Eu não deveria ter me casado;
deveria ter ficado com aquela jovem
que era apaixonada por mim’ – disse ele.
‘Você não sabe o que diz’ – nós ouvimos.
Olhamos para ver de onde vinha aquela voz;
e novamente se tratava de um outro ‘eu’.
Esse falou ao que lhe antecedera:
‘Aquela jovem que era tão apaixonada por você,
te traiu e você caiu em depressão.’
E disse a si próprio:
‘Eu deveria ter continuado aquele mulherengo que era.’
‘Quem dera’ – ecoou uma voz débil.
Eis que olhamos e era mais um outro ‘eu’.
Só que diferente dos anteriores,
estava com o aspecto horrível,
parecia estar em estado terminal.
Prosseguiu o moribundo:
‘De tanto sair com diversas mulheres,
você contraiu AIDS.
E agora está nessa situação deplorável.’
E antes que este último pudesse concluir,
outro ‘eu’ o interrompeu.
Assim seguiu-se inúmeras vezes.
Quando dei por mim,
estava rodeado de vários ‘eus’.
Todos murmurando, reclamando, esbravejando;
com vidas alternativas a minha,
mas querendo outra vida.
Foi então que me enchi de corajem,
levantei do banco e os repreendi:
‘Parem de reclamar!
Vocês estão chorando de barriga cheia!’
E todos, em coro, me perguntaram:
‘Você também não queria ter uma outra vida?!’
Ao que lhes respondi:
‘Não, eu não!
Estou contente com a que tenho.’
E para o meu espanto,
todos fizeram a mesma petição:
‘Então, por favor presbítero,
ore por nós!’
sentado no Banco das Lamentações,
que fica debaixo da Árvore do Choro,
a lamuriar-me da vida:
'Queria ter vivido a minha vida
de outra forma' - disse a mim mesmo.
‘Eu não deveria ter me convertido,
aceitado a responsabilidade de ser presbítero.
Deveria ter continuado daquele meu jeito,
sem preocupar-me com fé ou salvação.
Com certeza eu seria bem mais feliz.’
‘Você está enganado’ - alguém disse.
Virei-me para olhar quem era
e eis que estava sentado ao meu lado no banco
um ser identico a mim.
Na verdade, acho que era eu;
como um clone,
mas não ousei perguntar nada.
E ele continuou a sua fala:
‘Por você não estar na igreja,
e não ter nenhum temor ou pudor,
traiu a tua esposa com uma colega da faculdade.
O teu casamento acabou e você ficou só.’
‘Eu não deveria ter ingressado na faculdade,
assim não destruiria o meu casamento’ – disse a si mesmo.
‘Grande equivoco’ – disse outro.
Ao levantarmos os olhos,
eis um ser diante de nós que, como o primeiro,
também era identico a mim;
um clone meu, um outro ‘eu’.
Esse, prosseguindo sua fala,
disse ao que estava sentado ao meu lado:
‘Pelo fato de você não ter formação superior,
não conseguiu proguedir profissionalmente;
não parou em emprego nenhum.
E tua esposa, junto com teus dois filhos,
foi embora de casa.
Afinal, ela não aguentava mais morar com um acomodado.'
'Eu não deveria ter me casado;
deveria ter ficado com aquela jovem
que era apaixonada por mim’ – disse ele.
‘Você não sabe o que diz’ – nós ouvimos.
Olhamos para ver de onde vinha aquela voz;
e novamente se tratava de um outro ‘eu’.
Esse falou ao que lhe antecedera:
‘Aquela jovem que era tão apaixonada por você,
te traiu e você caiu em depressão.’
E disse a si próprio:
‘Eu deveria ter continuado aquele mulherengo que era.’
‘Quem dera’ – ecoou uma voz débil.
Eis que olhamos e era mais um outro ‘eu’.
Só que diferente dos anteriores,
estava com o aspecto horrível,
parecia estar em estado terminal.
Prosseguiu o moribundo:
‘De tanto sair com diversas mulheres,
você contraiu AIDS.
E agora está nessa situação deplorável.’
E antes que este último pudesse concluir,
outro ‘eu’ o interrompeu.
Assim seguiu-se inúmeras vezes.
Quando dei por mim,
estava rodeado de vários ‘eus’.
Todos murmurando, reclamando, esbravejando;
com vidas alternativas a minha,
mas querendo outra vida.
Foi então que me enchi de corajem,
levantei do banco e os repreendi:
‘Parem de reclamar!
Vocês estão chorando de barriga cheia!’
E todos, em coro, me perguntaram:
‘Você também não queria ter uma outra vida?!’
Ao que lhes respondi:
‘Não, eu não!
Estou contente com a que tenho.’
E para o meu espanto,
todos fizeram a mesma petição:
‘Então, por favor presbítero,
ore por nós!’
‘Se viver uma outra vida, passará o resto dessa outra vida, querendo viver uma outra vida’ (trecho do filme Quando Nietzsche Chorou, de 2007 - baseado no livro)
Viva bem. Seja feliz.
Viva bem. Seja feliz.
Pb. Ricardo - visite http://www.sigocaminho.com/
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E aí gostou?
Até a próxima!
Pra. R. Davis
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